MARIA TERESA SALGADO…
… UMA MULHER DE (DA) ESPERANÇA!
Dra. Maria Teresa Salgado de Morais |
Vinte e seis de setembro, é uma data
importante na vida de uma pessoa, na vida de uma família, na vida de uma
comunidade de irmãos, na vida do grande movimento que é o Voluntariado que se
realiza no campo da saúde; e para a Federação Nacional de Voluntariado em
Saúde. Falo da Professora Doutora Maria Teresa Cortez Salgado de Morais que
inesperadamente deixou o mundo dos vivos a 26 de setembro de 2005, “apesar dos seus setenta e oito anos cheios
de vida, de força, de juventude, de ternura, de alegria e de esperança.”,
como alguém afirmou em peça jornalística publicada na altura.
Segundo afirmou Dom Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto, na cerimónia das exéquias fúnebres, “a Professora Doutora Maria Teresa Salgado Morais é uma das pessoas que nos ajuda a reavivar a fé, a compreender o que é cultivar a esperança e deixa para o mundo um apelo a essa mesma esperança.”, cuja postura, repleta de amor e de tal “simplicidade que não deixava ninguém indiferente. O seu sorriso de bondade e a forma como acolhia mostrava-nos o conteúdo do seu bondoso coração.”
Segundo afirmou Dom Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto, na cerimónia das exéquias fúnebres, “a Professora Doutora Maria Teresa Salgado Morais é uma das pessoas que nos ajuda a reavivar a fé, a compreender o que é cultivar a esperança e deixa para o mundo um apelo a essa mesma esperança.”, cuja postura, repleta de amor e de tal “simplicidade que não deixava ninguém indiferente. O seu sorriso de bondade e a forma como acolhia mostrava-nos o conteúdo do seu bondoso coração.”
Para além de ter sido Professora de
Físico-Química no Instituto Superior de Engenharia do Porto e membro
da Comissão Nacional para a Humanização e Qualidade dos Serviços de Saúde e da Comissão
Nacional da Pastoral da Saúde, a Doutora Maria Teresa, lançou as bases e a
estrutura do que é hoje o Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde do Porto
que surgiu em 1983, onde teve responsabilidades de direção; implementou e
presidiu à Associação Voluntariado do Hospital de São João – Porto “onde
se deu inteiramente aos outros, sendo este hospital a sua segunda casa.”
A Doutora Teresa foi altamente considerada pelo Conselho de Administração do Hospital de São João que em tempo, dirigindo-se o aos voluntários, lhes disse da sua (do CA) “admiração por terem resistido ao desgaste da vossa generosidade. Às vezes dão-se e não são bem compreendidos». O CA terá salientado ainda o papel “da espetacular mulher que foi a Dr.ª Teresa Salgado que ajudou a Associação a resistir à erosão sem nada receber em troca”.
Ainda Dom Armindo, viria a salientar o
papel de voluntária da Doutora Teresa, afirmando que “No Hospital de S. João foi uma pioneira, uma apostola do voluntariado.
Voluntariado que vinha da paixão da solidariedade, da paixão pelas necessidades
dos outros.”, porque segundo ele, “estar
ao serviço num hospital é sobretudo ser um apelo, uma nota de esperança para os
que sofrem e estão em risco de perder a esperança. O entusiasmo na entrega
total ao voluntariado com a determinação própria de quem tem ideias e as
justifica pelas iniciativas. Apostolado que faz discípulos, o voluntariado
atingiu uma grande importância a nível nacional e ultrapassou fronteiras.”
A Federação Nacional de Voluntariado em
Saúde - FNVS também é fruto do entusiasmo, da entrega e do dinamismo da Doutora
Teresa, que sempre em harmonia com o seu marido, Benjamim de Morais, dinamizou
ou ajudou a criar inúmeras Organizações de voluntariado em muitas Unidades de
Saúde do Serviço Nacional de Saúde, participou ao mais alto nível do Estado e
aí defendeu o voluntariado no campo da saúde e de algum modo representou os
voluntários, essa multidão que ainda ninguém conseguiu contar.
A FNVS “nasceu” em maio de 2007, mas esse
facto foi o resultado do sonho sonhado pela Doutora Teresa e por quem a
circundava na atividade, nomeadamente por quem, olhando, não apenas para o
passado, mas sobretudo para o futuro, teve a coragem de, contra algumas marés
vivas ou revoltosas, rasgar os mares e seguir em frente em direção à
organização global do voluntariado em saúde de Portugal. Já somos muitos, mas
queremos ser mais. Somos 53 Organizações de voluntariado da saúde, o (talvez) equivalente
a um universo de cerca de 25 mil voluntários.
Embora possam existir diversos caminhos para que se atingir o mesmo objetivo, a verdade é que como a Doutora Teresa, continuamos a acreditar que este é o caminho. A Federação Nacional de Voluntariado em Saúde – FNVS é esse caminho para a integração, para a representação e para a defesa dos valores, dos direitos e dos interesses das inúmeras Ligas de Amigos e Associações de Voluntariado ou de Voluntários que atuam nas muitas Unidades de Saúde, públicas ou privadas, mas também nas comunidades e na educação e na promoção da saúde e de estilos de vida saudável.
Como Dom Armindo relativamente à Igreja do
Porto, também nós, aqui e agora, queremos tributar à Doutora Teresa, “homenagem e gratidão”. Ela que como a
mancha flutuante amarela e verde na Igreja da Trindade “fazia nascer sentimentos de alegria e de esperanças.” Também nós
ousamos testemunhar “a saudade do seu
sorriso que não morrerá, porque foi luz a iluminar caminhos de Esperança.”
Como um dia terá ela mesma afirmado, “dar
esmola material será caridade. / Mas dar a palavra firme / Dar tempo, disponibilidade
/ Dar-se a si mesmo… é sublime.”
Doutora Teresa! para si... a PAZ!
Nota!
Este blogue não se encontra completo. Isso só acontecerá se os leitores que conheceram e privaram com a Doutora Teresa, nos enviarem os seus testemunhos para o seguinte endereço eletrónico: geral.voluntariadoemsaude@gmail.com . Aguardamos os vossos contributos
Esta peça é da exclusiva responsabilidade de João António
Pereira, presidente da Direção da Federação Nacional de Voluntariado em Saúde.
Porto, 26 de setembro de 2016.
http://www.etc.pt/VP/ler_seccao2820a.html?diranter366*8%7C2
Benjamim de Morais |
Benjamim Martins de Morais:
"Depois de atentamente ler o vosso
texto de homenagem à Maria Teresa, sinto-me lisonjeado com a obrigação de
agradecer e, convosco, continuar esta caminhada iniciada por ela. Um
Bem Haja a todo(a)s.”