sábado, 27 de agosto de 2016

Tema do Dia Mundial da Paz de 2017

“A não-violência:
estilo de uma política para a Paz”


O Dia Mundial da Paz é celebrado todos os anos no primeiro dia de janeiro a pedido do Papa Paulo VI. Nesta sexta-feira, 26, foi publicado o tema da Mensagem do Papa para o próximo que será o 50° Dia Mundial da Paz, e que se celebrará a 1 de janeiro de 2017.
“A não-violência: estilo de uma política para a Paz”: eis o tema escolhido por Francisco para o próximo Dia Mundial da Paz, o quarto do seu Pontificado.

A violência e a paz estão à origem de dois modos opostos de construir a sociedade. A difusão dos focos de violência gera experiências sociais gravíssimas e negativas. O Papa resume esta situação na expressão “Terceira guerra mundial em capítulos”.
Ao invés, a paz tem consequências sociais positivas e permite um verdadeiro progresso. Devemos, portanto, agir nos espaços possíveis, negociando caminhos de paz, até mesmo onde tais caminhos parecem tortuosos ou impraticáveis.

Caminho de esperança
Deste modo, a “não violência” pode assumir um significado mais amplo e novo: não apenas aspiração, inspiração, rejeição moral da violência, das barreiras, dos impulsos destruidores, mas também método político realista, aberto à esperança.
Trata-se de um método político fundado na primazia do direito. Se o direito e a igual dignidade de cada ser humano são salvaguardados sem discriminações e distinções. De consequência, a “não violência”, entendida como método político, pode constituir um meio realista para superar os conflitos armados. Nesta perspetiva, é importante reconhecer, sempre mais, não o direito da força, mas a força do direito.

Com esta Mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Santo Padre deseja indicar um passo ulterior, um caminho de esperança apropriado às circunstâncias históricas presentes: chegar à solução das controvérsias através das negociações, evitando que elas se degenerem em conflito armado.
Atrás desta perspetiva, há também o respeito pela cultura e a identidade dos povos, portanto, a superação da ideia, segundo a qual, uma parte seja moralmente superior à outra. Mas, ao mesmo tempo, isto não significa que uma nação possa ser indiferente diante das tragédias de outras. Pelo contrário, significa reconhecer a primazia da diplomacia diante dos estrondos das armas.

O tráfico mundial das armas é tão vasto a ponto de ser subestimado. O tráfico ilegal das armas sustenta muitos conflitos no mundo. A “não violência” como estilo político, pode e deve fazer muito mais para superar este flagelo.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/mundo/vaticano-publica-tema-do-dia-mundial-da-paz-2017/

Nota do transcritor: se a não violência é um estilo de política para a Paz... e se a política, para além de ser a "arte da organização das nações", também é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos que têm a ver com a sociedade e com a comunidade, então o tema tem também a ver connosco, voluntários do campo da saúde; e a postura e a prática da não violência, passa sem dúvida e outrossim, pela nossa ação pessoal e quotidiana de promoção e desenvolvimento de ações concretas com vista à transformação das condições sociais que geram sofrimento e violência, seja ela de que nível ou grau for. Também nós, somos agentes da paz, e também do amor, se se quiser.

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