sábado, 13 de fevereiro de 2016

Pelos caminhos do voluntariado...

FALTAM VOLUNTÁRIOS

EM VIEIRA DO MINHO

Os Bombeiros de Vieira do Minho contam com 22 assalariados, a única forma encontrada para fazer face à escassez de voluntariado, revelou ontem o presidente da direção.
Albino Carneiro sublinhou que aquela situação resulta, muitas vezes, num esforço “sobre-humano” para os assalariados, que acabam por cumprir “muito mais horas do que aquilo que seria desejável”. “Temos de rever, com urgência, os horários dos trabalhadores assalariados”, afirmou.

Aquela corporação conta com 64 elementos, incluindo os 22 assalariados. Restam, assim, 42 voluntários, mas muitos destes são emigrantes ou estudam fora, pelo que só prestam serviços ou nas férias ou aos fins-de-semana. “Numa boa parte dos dias do ano, apenas podemos contar com uma dúzia de voluntários, se tanto”, disse Albino Carneiro.

Os bombeiros vieirenses inauguraram, amanhã, o novo quartel, e que marcará o ponto alto das comemorações do 76.º aniversário da corporação. A obra custou um milhão de euros, a que há a juntar ainda o investimento de cerca de 250 mil euros em mobiliário e comunicações.
Para a inauguração, a corporação tinha convidado o ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, mas este acabou por declinar o convite.
Convidada foi também a atual ministra da tutela, mas Constança Urbano de Sousa também não estará presente.

Os Bombeiros de Vieira do Minho já estão no novo quartel desde 19 de Dezembro, após terem vivido durante 20 anos num edifício que, segundo Albino Carneiro, “tinha tudo de mau”.
“Era um gelo no inverno e um forno no verão, tinha fortes problemas de humidade, a instalação elétrica também deixava muito a desejar, o exterior denota sinais evidentes de degradação, as camaratas femininas foram improvisadas debaixo de umas escadas. Foi mal projetado e o que nasce torto jamais se endireita”, referiu.


Nota do administrador do Blogue: em alguns fóruns é hábito ouvir dizer-se que a prática do voluntariado em Portugal tem baixos níveis de participação dos cidadãos, relativamente aos países do norte da Europa. Quase diariamente, somos confrontados com inúmeras situações de contributo voluntário em muitas ações de solidariedade para com pessoas individuais, para com instituições; e agora também a favor de pessoas refugiadas que estão a ser encaminhadas para o nosso país. Afinal, no mundo do voluntariado, especialmente naquele que tem a ver com a saúde e o bem-estar dos cidadãos, parece que não se pode pintar o setor de cor de rosa. A realidade parece ser cada vez mais crua quando se põe a nu. Pois é. É isso mesmo. O setor da saúde e do bem-estar dos cidadãos, está cada vez mais limitado em termos de colaboradores não remunerados – os voluntários. Não podemos “tapar o Sol com a peneira”. Aqueles e a ação que desenvolvem, não pode, na sua totalidade, ser substituída por colaboradores remunerados. As relações de empatia verdadeira, de autêntica compaixão, que promovem ambientes afetivos positivos e promotores de bem-estar, são algumas das características próprias e insubstituíveis dos voluntários do campo da saúde e similares, para os quais só existem verdadeiras condições do seu exercício, se isso acontecer em espírito e postura de solicitude, de disponibilidade, de gratuidade; e sobretudo de se ser capaz de estar com sem esperar seja o que for em troca. Simplesmente estar, porque se ama. Tem algo a dizer? Então faça o seu comentário pf.

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