IDE E CURAI !
Se por um lado, de acordo com a editora “Ide e Curai (da autoria
de José António Pagola *) é um livro indispensável para quem trabalha no mundo
dos doentes” (…), por outro e segundo José Pereira de Almeida (**) que
prefacia a obra, “No centro da nossa
atenção, quando nos situamos numa perspetiva ética, está o nosso pessoal
encontro com o outro. Vale a pena lembrar que é na minha relação com quem está
diante de mim que eu percebo quem sou. Ao revelar-se, é o outro que me revela.
Sabemos como em tantas situações
da nossa vida descobrimos capacidades ou forças que desconhecíamos. Não
pensávamos que nos pudéssemos “aguentar tão bem” em certas ocasiões; não
supúnhamos que fôssemos emocionar ou enternecer daquela maneira em determinadas
circunstâncias; e que, em outras alturas, conseguíssemos decidir de forma tão
inovadora, claramente contrastante com a acomodação cinzenta em que nos
tínhamos deixado instalar.
O (…) outro é alguém
que está doente. Às vezes sente-se frágil, aflito, ameaçado. E é nessa situação
que está diante de nós. Espera de nós uma resposta ao seu apelo. Confia-se. Às vezes
desconfia. (…) Podemos dizer que o outro diante de quem estou chama por mim e
eu posso responder-lhe. Tenho assim, a possibilidade de me ir tornando
progressivamente responsável. O sentido da minha existência acaba por ser o
sentido da minha coexistência. O outro que me fala, o que me diz quando fala?
De que se queixa o doente quando se queixa? Há todo um esforço hermenêutico,
interpretativo,
* José António Pagola, sacerdote e teólogo espanhol, é um
homem apaixonado por Jesus. Os seus numerosos escritos, cursos e conferências
foram seguidos por uma infinidade de crentes e não crentes que querem conhecer
a verdade de Jesus e a sua Boa Nova para a humanidade.
** José Pereira de Almeida, é médico e sacerdote católico,
nomeadamente diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social e Coordenador
da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, da Igreja Católica Portuguesa.
Nota: A Federação Nacional de Voluntariado em Saúde, pode, se solicitado, ser veículo facilitador da obtenção da obra.
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