domingo, 10 de janeiro de 2016

Pelos caminhos do voluntariado...

Hospital de Braga
Estudantes
da
Universidade do Minho
vão fazer voluntariado
junto dos doentes
do Hospital de Braga

Ler um livro ou um jornal a quem está internado, celebrar o dia de aniversário com o doente ou ajudar no acolhimento são apenas algumas das tarefas que os estudantes vão ter depois de fazerem parte do programa de voluntariado que foi, ontem, assinado entre o Hospital de Braga e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).
“Esta é uma oportunidade, porque temos muita necessidade de voluntários. Milhares de pessoas procuram o hospital todos os dias e temos centenas de doentes internados com idades elevadas e o voluntariado é fundamental”, confirmou o presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga, João Ferreira, referindo que quer “atrair os mais novos e todos têm obrigação de dar algo à sociedade”.
Por tudo isto, “é um grande privilégio afirmar este protocolo, potenciando a aproximação dos mais novos a esta vertente essencial do desenvolvimento pessoal e profissional”.
E João Ferreira foi mais longe: “cada vez mais nas nossas empresas se contrata as pessoas que têm uma vida para além da sua actividade profissional, valorizamos cada vez mais quem disponibiliza do seu tempo”.
Este protocolo de cooperação é apenas o início da concretização de outras acções em conjunto que vão desde a doacção de sangue até aos estágios em várias áreas.
O presidente da AAUM, Carlos Videira, admitiu estar “muito feliz” por firmar este protocolo mesmo no final do seu mandato, dado que iniciou os trabalhos na AAUM no Departamento de Acção Social. “Trata-se de um protocolo bastante importante para estas duas instituições. Devemos trabalhar na defesa e representação dos estudantes, mas a afirmação do papel dos estudantes numa sociedade diferente, melhor e mais solidária vai ajudar a desenvolver uma consciência solidária e a despertar uma responsabilidade social que devemos ter sempre presente”, afirmou aquele responsável.
Também Carlos Videira destacou “a valorização extra-curricular”, incentivando os estudantes a participarem em projectos de solidariedade e de cidadania. “Este programa de voluntariado é um bom exemplo disso”, desafiou aquele estudante da UMinho, garantindo que se trata de “um programa importante para desenvolver competências que serão muito valorizadas pelos empregadores e poderá, num futuro, ser este tipo de experiência ser valorizada também na conclusão do curso e isso é uma motivação para todos”.
A presença da vice-reitora da UMinho, Graciete Dias, na assinatura do protocolo foi o “reconhecimento institucional” deste projecto. “Ao nível da formação, integral dos estudantes da UMinho, que entedemos ser estratégica, esta iniciativa insere-se perfeitamente”, assegurou a vice-reitora, destacando o impacto na prestação de cuidados de saúde. “A formação em vertentes abrangentes constituem uma mais-valia importantíssima que também é muito valorizada pelas entidades empregadoras para além da formação específica académica”, defendeu Graciete Dias, reconhecendo a “oportunidade” desta iniciativa e o seu “grande interesse” para os estudantes.
“Universidade não forma apenas doutores e engenheiros, forma homens e mulheres”
O protocolo de cooperação entre o Hospital de Braga e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), que foi assinado ontem, foi concretizado em “tempo record”, por isso, a administradora executiva do Hospital de Braga, Maria Barros, destacou “o empenho e entrega” daquela associação. “A universidade não forma apenas doutores e engenheiros, forma homens e mulheres e queremos ajudar na formação de homens e mulheres”, sublinhou.
Este é um início de ano, de acordo com aquela responsável, “muito promissor, já que muitos doentes internados necessitam apenas de companhia”. Por isso, este protocolo assenta “no apoio, no compromisso e na responsabilidade”.
Todos os voluntários vão ter uma formação específica assegurada pelo Departamento de Recursos Humanos e pela Enfermagem daquela unidade hospitalar. “Todos os voluntários vão ainda ter uma formação em suporte básico de vida e vão conhecer as instalações do próprio hospital, porque temos que bem receber para bem acolher”, atirou aquela responsável.
Os voluntários vão fazer, entre outras funções, “o acolhimento das pessoas à entrada do hospital, companhia aos doentes e até celebrar o aniversário do paciente internado, porque há muitos doentes que não têm a família”.

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