sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A inclusão...

 NO (e pelo) VOLUNTARIADO
Se é reformado/a pode participar em voluntariado. Não fique em casa, mulher ou homem, há lugar para si. Se é imigrante, participe. Se é mais ou menos afortunado, não faz mal, também pode ajudar.

Conheci uma idosa, penso que nos seus setenta e muitos. Voluntária já de longa data num centro social, é responsável por preparar os lanches diários para outras pessoas, também da mesma 'juventude'. Podem pensar que se queixava da tarefa ou que a levava a cabo 'porque sim', mas ela mostrou-me o que fazia com orgulho e dedicação, afirmando que lhe fazia bem. Estava felicíssima por me ter mostrado o que fazia e mais feliz ainda por fazê-lo. 
Mais info: [...] DUARTE PAIVA, 13.04.2015 às 15h04, 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A importância do...

MARKTING SOCIAL
No período de transição entre as décadas de 60 e 70 desencadearam-se profundas discussões em redor de um novo paradigma que ganhou expressão na sociedade. Trata-se do surgimento e evolução do conceito de marketing social, inicialmente estudado, refletido e abordado no âmbito de programas de saúde pública. Até então, o marketing era apenas visto como uma ferramenta propagandista, sendo que misturá-lo e utilizá-lo a propósito de outras finalidades motivava algum ceticismo por parte da maioria dos analistas. Ler mais em » [...] Artigo publicado em 27.04.2014 na categoria de Empreender etiquetas Marketing social Ricardo Marques, Universidade Lusófona do Porto

Porque é que é importante o...

O setor social continua a necessitar de inúmeras reformas. A fome não dorme, a água e os cuidados médicos não chegam a todos, e as dificuldades financeiras conduzem, no extremo, a todos os problemas anteriores. Não podemos ignorar uma realidade em que as condições da vida humana são limitadas, em certas zonas do globo.

Em Portugal, o Estado cada vez mais financia menos as instituições de solidariedade, onde os fundos escasseiam para fazer frente às desigualdades. Chegamos a um ponto em que não podemos esperar pela caridade para que sejam resolvidas estas questões. Se queremos um país melhor, um mundo melhor, temos de ser nós próprios a tomar iniciativa e a promover e efetuar a mudança, construindo uma rede solidária capaz de se difundir e que preste apoio a quem precisa. Ricardo Marques. Leia mais aqui »» […]

Saiba o que é o...

CROWDFUNDING
A corrente vaga de empreendedorismo evidenciada um pouco por todo o mundo tem-se transmitido com a crescente proliferação de ideias e projetos. Tal como a conjuntura económica e do mercado de trabalho demonstram, estamos perante uma era em que a realização profissional exige maior autonomia por parte das pessoas, e esse estímulo tem potenciado as capacidades de iniciativa e de gerar novas ideias e negócios a partir do zero. Não obstante, no reverso da moeda, também se verifica que inúmeros esboços e planeamentos não chegam a “sair do papel” e a ser colocados em prática, por falta de fundos e investidores.

Todo este contexto tem influenciado o setor empresarial, forçado a adaptar-se aos tempos modernos e a dar apoio à avalanche de projetos que surgem a um ritmo diário, e que trazem consigo outras oportunidades. Assim, são já várias as organizações que, fomentando a partilha e convivência entre empreendedores e apoiantes das mesmas causas, investem os seus recursos no acompanhamento das novas ideias, dando-lhes seguimento e permitindo a sua concretização.

O que é então o crowdfunding?
crowdfunding, ou sistema de financiamento colaborativo, é uma prática relativamente recente, com o objetivo de angariar fundos para financiar iniciativas de interesse público. Nos últimos anos, foi potenciado pela Internet, através de técnicas de micropagamento, que permitiram a cidadãos de todo o mundo conhecer e contribuir, com os valores que decidirem, para iniciativas que queiram ver realizadas.
Trata-se de um modelo baseado na partilha dos mesmos interesses e na possibilidade de múltiplas fontes de financiamento. De facto, o crowdfunding proporciona uma dualidade de oportunidades: tanto para os autores dos projetos, como para a própria comunidade, que pode assim participar ativamente e assumir outra preponderância nas causas em que acredita e apoia. Hoje em dia, é uma prática importante ao nível da filantropia, apesar de comportar outras vertentes e finalidades, casos da arte, jornalismo cidadão, desporto ou política.

Como funciona?
O modelo de funcionamento do crowdfunding é, na verdade, bastante simples e fácil de compreender. Em primeiro lugar, o autor do projeto (promotor) escolhe uma das plataformas online disponíveis para o dar conhecer, estipulando um montante mínimo e um prazo de angariação para que este possa avançar. Caso a meta seja atingida dentro do período de tempo estimado, o promotor recebe os fundos e passa à concretização do projeto. Caso se verifique o contrário, todo o capital recolhido é devolvido.
De forma a despertar a participação de investidores, costumam haver certas recompensas, geralmente relacionadas com os fins dos projetos associados. Como mecanismo de sustentabilidade, as plataformas de crowdfunding, por norma, cobram uma comissão em cada projeto – valor simbólico que não costuma exceder os 10% pedidos pelo promotor.

As vantagens que traz
Além de funcionarem como pontes entre as iniciativas, os empreendedores e a comunidade, as plataformas de crowdfunding trouxeram outro tipo de vantagens, a começar pela procura de investimento.
É uma espécie de verdade generalizada que, quando procuramos capital de investimento, recorremos inicialmente a círculos pequenos, como a família, amigos e conhecidos. Logicamente que, assim, as opções são escassas e as probabilidades de sucesso reduzidas. O crowdfunding veio permitir alargar a procura por investimento para um patamar claramente superior, constituído por outro círculo: a crowd(multidão, comunidade).
O facto de ser alguém desconhecido a financiar o projeto não só é indiferente ao empreendedor, como traz o benefício da ligação emocional dos intervenientes e, por conseguinte, maior divulgação e garantias de sustentabilidade futura.
Atualmente, várias empresas têm desviado a sua atenção para o crowdfunding e, ao abrigo das suas políticas de responsabilidade social, participado com iniciativas próprias e parcelas de investimento. Tal prática traduz-se num acréscimo de visibilidade e na fidelização do público que já têm. Nos casos em que os projetos são serviços para a comunidade, a participação das pessoas pode mesmo constituir a primeira carteira de clientes.

Crowdfunding em Portugal

Em Portugal, a vida não está fácil para quem pretende financiar-se junto das instituições financeiras. Apesar da conjuntura económica do país, ou talvez por isso, já estão a ser dados os primeiros passos no crowdfunding. Surgem mais projetos e plataformas, como a “OLMO”, a “Massivemov” e a “PPL ”, cujo lema é “pequenos investimentos x grande comunidade = excelentes projetos”. Por último, é sempre um bom indicador para a economia portuguesa verificar que aqui também se considera haver boas oportunidades para captar investimento.

Ricardo Marques / Universidade Lusófona / Porto
Artigo publicado em 05.03.2014 na categoria de Empreender etiquetas Crowdfundingfinanciamento
http://empreendedorismo.pt/crowdfunding

Já ouviu falar do...

EMPREENDEDORISMO SOCIAL ?
“Empreendedorismo social” é, seguramente, um conceito em voga na nossa sociedade, tendo vindo a popularizar-se e a concentrar atenções por parte de diversos órgãos e entidades profissionais dos setores económico e académico, em todo o globo. Pode dizer-se que se trata de uma expressão moderna, uma espécie de “nova moda”, no entanto, o mesmo não se verifica com o fenómeno em si, dado que desde sempre existiram empreendedores sociais, ainda que não fossem distinguidos como tal.

Um exemplo disso são as diferentes instituições de solidariedade que desde sempre conhecemos, e que foram criadas através de iniciativas desta índole, sem nunca elas terem sido associadas ao cunho de empreendedorismo social. Atualmente, a expressão adquiriu uma ênfase notória, ao ponto de ser considerada um movimento dinâmico e revolucionário que dá resposta aos inúmeros problemas que a sociedade enfrenta e que é, inclusive, capaz de transformar o modo como a pensamos. Sobrepõe-se à noção de responsabilidade social já comum às empresas, que parece limitar-se a um dever moral de contribuição para o desenvolvimento sustentável da sociedade em que estão inseridas.

Criar valor social
Por sua vez, o empreendedorismo social, prima por uma maior objetividade, focando-se no papel do empreendedor como agente social e na metodologia que este segue para concretizar o seu principal propósito: o de criar valor social. Assim, é inegável reconhecer que se traduz num conceito mais estimulante, o que contribui para intensificar a sua prática, bem como ampliar as fronteiras do terreno onde atua.

Retorno financeiro ou retorno social
Basicamente, empreendedorismo social é sobre inovação e impacto, em detrimento de lucro. O que não significa que ambos os caminhos não possam coexistir, uma vez que projetos com desígnio social que geram receita também se incluem neste género de empreitadas. Além disso, algumas características de um empreendedor comercial, como a capacidade de iniciativa, inovação, gestão e mobilização de recursos e o sentido de oportunidade são igualmente indispensáveis num empreendedor social. A diferença é que o último desenvolve o seu trabalho no âmbito de uma missão social que pretende levar a cabo e, por isso, enfrenta outro tipo de desafios que qualquer definição que lhe apliquem terá de refletir. O impacto dessa missão afeta o modo como este descobre e avalia as oportunidades, sendo o lucro proveniente das suas ações não mais do que um simples meio para atingir um fim.

Empreendedores sociais
Por se tratarem de agentes de mudança na sociedade, os empreendedores sociais começam por selecionar uma missão para criar e sustentar valor social. Reconhecem e perseguem convictamente novas oportunidades para servirem essa função, envolvendo-se num processo de contínua inovação, flexibilidade, adaptação e aprendizagem, sem permitirem que os recursos que têm disponíveis sejam um fator que os limite. Do mesmo modo, revestem-se de total responsabilidade e comprometimento com aqueles que servem e com os efeitos/resultados que produzem. Assim, quanto maior for a inovação e o impacto das suas medidas, maior será a probabilidade de revolucionarem o pensamento social. Por isso, além de efeitos imediatos em pequena escala, almejam principalmente mudanças radicais em todo o globo.

Foco nos problemas sociais
O objetivo passa por identificar situações em que uma parte da sociedade está negligenciada ou desfavorecida, providenciando caminhos para solucionarem esses problemas, resolvendo as suas causas basilares ao invés de tratarem somente os sintomas que manifestam. Descortinam as falhas do sistema, alterando-o e persuadindo sociedades inteiras a evoluir consoante as respostas mais adequadas. As parcerias e o trabalho cooperativo, em rede, tornam-se essenciais para a sustentabilidade dos seus empreendimentos, especialmente num mundo em que as probabilidades de sucesso são assustadoras e é necessário reunir mentes que consigam capitalizar os esforços de uma comunidade que se pretende solidária com as diferenças sociais. Por outras palavras, é fulcral explorar todo o potencial da sociedade, pois só assim se consegue efetuar a verdadeira mudança!


Ricardo Marques, Universidade Lusófona do Porto http://empreendedorismo.pt/author/ricardo-marques/

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Terceiro Setor / Voluntariado

ATRIBUIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS
NA ÁREA DA PROMOÇÃO DO VOLUNTARIADO
À CASES – COOPERATIVA ANTÓNIO SÉRGIO PARA A ECONOMIA SOCIAL

Foi extinto, por força dos Decretos-Lei n.ºs 126/2011, de 29 de dezembro, 167-C/2013, de 31 de dezembro e 215-A/2015, de 17 de dezembro, o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado.
A Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (“CASES”) é a entidade que, no âmbito do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sucede ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado na prossecução dos seus fins de serviço público e das suas atribuições, exceto as de natureza consultiva.
Assim, foi publicado o Decreto-Lei n.º 39/2017, de 4 de abril, que vem proceder à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 282/2009, de 7 de outubro (que cria a CASES), por forma a incluir no objeto social desta entidade as atribuições no âmbito de políticas na área do voluntariado.
Nesta área, a CASES prossegue agora as seguintes atribuições (artigo 4.º, n.º 5 do Decreto-Lei nº 282/2009):
a) desenvolver as ações adequadas ao conhecimento e caracterização do universo dos voluntários e das organizações
promotoras de atividades de voluntariado;
b) emitir o cartão de identificação do voluntário;
c) dinamizar ações de formação, bem como outros programas que contribuam para uma melhor qualidade e eficácia do trabalho voluntário, a título individual ou em articulação com as organizações promotoras de atividades de voluntariado;
d) conceder apoio técnico às organizações promotoras de atividades de voluntariado, mediante, nomeadamente, a disponibilização de informação com interesse para o exercício do voluntariado;
e) promover e divulgar o voluntariado como forma de participação social e de solidariedade entre os cidadãos, através dos meios adequados, incluindo os meios de comunicação social;
f) submeter para parecer, obrigatório e não vinculativo, o Plano de Atividades, nas matérias relativas à área do voluntariado, ao Conselho Nacional para as Políticas de Solidariedade, Voluntariado, Família, Reabilitação e Segurança Social.
As restantes atribuições de natureza consultiva do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado transitam para o Conselho Nacional para as Políticas de Solidariedade, Voluntariado, Família, Reabilitação e Segurança Social (artigo 4.º, n.º 1 do Decreto-Lei nº 39/2017).

O Decreto-Lei n.º 282/2009 que cria a CASES sofreu, ainda, outros ajustes, de forma a harmonizar o seu teor com alterações introduzidas por outros diplomas legais no ordenamento jurídico português, designadamente, pela Lei de Bases da Economia Social e pelo Código Cooperativo.

Autoria e data: Margarida Couto | mc@vda.pt , Maria Folque | maf@vda.pt. ,10 de abril de 2017

terça-feira, 5 de setembro de 2017

O Voluntariado...

FAZ BEM À SAÚDE ?
“Em geral, ajudar os outros é a maior motivação para quem realiza trabalho voluntário. O que poucos sabem é que a prática também melhora a vida de quem se dedica a fazer o bem. Palavra de cientista!
Recentes estudos mostram que pessoas envolvidas em atividades não remuneradas em prol da comunidade são mais saudáveis, realizam mais exames preventivos e passam menos tempo em hospitais que o resto das pessoas. Algumas até emagrecem! (…)

Quando doentes, há voluntários ficam menos no hospital. Uma pesquisa da Universidade de Harvard publicada no fim do ano passado e feita com cerca de sete mil pessoas com mais de 50 anos nos EUA, mostra que os voluntários são mais preocupados com a própria saúde e, portanto, fazem mais exames preventivos. As voluntárias, por exemplo, são 53% mais propensas a fazer mamografia do que não-voluntárias. Além disso, quando adoecem, os voluntários em geral passam 38% menos tempo em hospitais que o resto da população.

Os cientistas de Harvard não sabem precisar a causa desses números, mas levantam hipóteses interessantes: o voluntariado diminui o stress, o que melhora as condições de vida de quem o faz; ao se expor a diferentes pessoas, com diferentes problemas, cresce a consciência da necessidade de se cuidar; surge um objetivo de vida maior, o que aumenta a sensação de bem-estar.

Mais interações sociais podem incrementar a possibilidade de alguém receber conselhos de saúde ou mesmo adotar um objetivo de vida mais saudável”, escrevem Eric Kim e Sara Konrath.

Doar tempo ajuda a perder peso. Parece mentira, mas é verdade. Outro estudo realizado por pesquisadores das Universidades de British Columbia, Northwestern e da Escola de Medicina Monte Sinai com adolescentes canadenses em 2013, aponta que os jovens que dedicaram ao menos 1,5 hora por semana a ajudar pessoas eram mais magros que os demais. Além disso, encontraram taxas de colesterol e pressão menores, entre outros indicadores de boa saúde. 

Estas descobertas são significativos pois apontam que jovens engajados no voluntariado não apenas ajudam os outros, mas beneficiam a si próprios, sugerindo uma nova maneira de melhorar a saúde ao mesmo tempo em que fazem contribuições positivas para a sociedade”, escrevem Hannah Schreier, Kimberly Reichl e Edit Chen.

Viva mais. Os dois recentes estudos confirmam dados anteriores. Por exemplo: uma pesquisa de 2013, feita por pesquisadores da Universidade do Arizona (EUA), mostra que voluntários vivem até 24% mais que a população em geral. Outra, da Rutgers University (EUA) vai na mesma direção: a taxa de mortalidade de quem realiza algum tipo de serviço social era 27% menor do que a do resto da população.

Todos os pesquisadores afirmam que apenas ser voluntário não basta para melhorar a saúde. Para eles, no entanto, a prática ajuda - e muito - a melhorar a autoestima, a adquirir (ou aumentar) consciência social e a fortalecer laços sociais. E esses fatores, somados, ajudam a melhorar os indicadores individuais. 

Para os estudiosos, da mesma forma que aconselham pacientes a não fumar para prolongar sua vida, os médicos deveriam prescrever atividades voluntárias. Além disso, sugerem que governos e planos de saúde estimulem o voluntariado, pois isto ajudaria a diminuir os custos e a lentidão do atendimento do sistema.

Se programas de fortalecimento de voluntariado forem bem projetados, podem ao mesmo tempo fortalecer a sociedade, a saúde e qualidade de vida de um grande segmento de pessoas”, concluem Eric Kim e Sara Konrath, de Harvard.”


Porto, 5 de setembro de 2017, João António Pereira, presidente da Direção da Federação Nacional de Voluntariado em Saúde. O conteúdo deste blogue foi integralmente transcrito da fonte citada. Em nada obriga os membros do órgão referido.