domingo, 24 de janeiro de 2016

O Voluntariado e a economia social....

Eugénio Fonseca, presidente da Direção da
Confederação Portuguesa do Voluntariado
O VOLUNTARIADO
DÁ MAIS FUNDAMENTO
À ECONOMIA
NA SUA COMPONENTE SOCIAL
Ser voluntário é mais do que apenas um impulso de cidadania. Não basta que haja simplesmente uma dimensão gratuita de prestação de serviços de valor social para integrar a economia social. O valor do voluntariado deve assumir uma filosofia diferente da economia de mercado, já que possui uma componente acrescida de humanismo, contribuindo também com mais de cinco por cento do seu trabalho para a contabilidade do Produto Interno Bruto. “O voluntariado dá mais fundamento à economia na sua componente social”, resume Eugénio da Fonseca, presidente da direção da Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV).
Além de ter vários desígnios em outros tantos campos de interesse, o grande objetivo da Confederação é “fazer aquilo que alguns consideram ser um obstáculo, que é a congregação de esforços. Esta sociedade rege-se pela economia de mercado e a economia social só pode existir se houver essa componente humana”, considera Eugénio da Fonseca.
Como consequência da necessidade de reforçar a “componente humana” do voluntariado, a CPV aguarda pela aprovação, por parte do novo ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, de um Projeto de Promoção e Valorização do Voluntariado, entregue pela Confederação ao anterior Executivo, mas para o qual não houve tempo de aprovação. No entanto, Eugénio da Fonseca aguarda que o novo detentor da pasta, “sensível a estas questões, possa dar uma resposta positiva nos próximos dias”.
A aprovação desse projeto permitirá à CPV contribuir fortemente para que haja menos quem pense que, “se cumprir as obrigações laborais e pagar impostos, já está a cumprir. Mas é necessário criar uma civilização nova, em que a distribuição da riqueza seja mais equitativa. Quem tem trabalho, devia dedicar algumas horas ao serviço dos outros, sem a componente contratual”, defende Eugénio da Fonseca.
O presidente da direção da CPV acredita ser “preciso andar mais e com mais velocidade na formação de pessoas que se dedicam a esta atividade. Não basta ter bom coração, é preciso também haver instrução para cuidar de terceiros”.
Como análise ao momento atual e aos desafios que são colocados ao voluntariado no âmbito da Economia Social, Eugénio da Fonseca defende ser necessária “uma maior exigência das instituições na formação e uma escola acreditada para os conteúdos primários da ação do voluntariado. Um médico pode colaborar numa instituição de voluntariado na sua área, não precisa de formação adicional, mas tem de fazer formação específica para o voluntariado”.
O Governo, finaliza Eugénio da Fonseca, em tom de análise,  deve ter “uma atitude subsidiária de parceria, em que os apoios poderão não ser financeiros, porque o objetivo é colaborar com o Estado em áreas que não sejam financeiras. As metas são: fazer com que o cidadão participe mais voluntariado, obter uma representação nacional, proporcionar mais formação e criar condições para que as associações desempenhem bem o seu papel”. Mário Barros

sábado, 23 de janeiro de 2016

Pelos caminhos do voluntariado...

Os benefícios
do trabalho
voluntário
na terceira idade

Danielle Sá, psicóloga da Sociedade Brasileira de Arte, Cultura e Cidadania, explica que os idosos podem ter benefícios no exercício da cidadania por via do voluntariado.
Partilhar conhecimentos e encontrar novas capacidades pode ser a melhor descoberta de quem está na terceira idade. Os problemas de depressão que são bastante comuns nessa fase da vida têm solução através do uso do tempo livre no trabalho voluntário.
É comum recém reformados queixarem-se da falta do que fazer; e para quem trabalhou a vida toda, não é muito fácil de lidar com isso que pode até causar depressão. Os psicólogos recomendam que os idosos façam alguma atividade ocupacional como: artesanato, exercícios, aulas de dança, informática, dentre outras coisas que lhes agrade. Mesmo assim, às vezes tais atividades não são suficientes, pois o que prevalece é o sentimento de não serem mais uteis para a sociedade.
É por isso que a psicóloga da Sociedade Brasileira de Arte, Cultura e Cidadania, aconselha aos idosos que atende na sede da instituição a realizarem trabalhos voluntários.
“Através desse serviço eles têm muitos benefícios. O principal deles é a recuperação da auto-estima, mas há também a diminuição da ansiedade e do estresse. Além de ajudar na prevenção de quadros depressivos”, explica Danielle Sá.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) informam que aproximadamente 20% da população de idosos são acometidos por depressão. Enquanto no Brasil o percentual ainda é de 15%, porém do mesmo modo, há que se prevenir. Embora sejam os fatores biológicos, sociais e psicológicos os maiores responsáveis, sabe-se que a propensão para a depressão aumenta pela falta de atividades.
“O principal para os mais velhos é saberem que ainda podem ser úteis. Então o trabalho voluntário é uma oportunidade de demonstrar as suas habilidades e exercitar novas competências” complementa Danielle.

http://www.segs.com.br/demais/1106-conheca-os-beneficios-do-trabalho-voluntario-na-terceira-idade.html

domingo, 10 de janeiro de 2016

Pelos caminhos do voluntariado...

Hospital de Braga
Estudantes
da
Universidade do Minho
vão fazer voluntariado
junto dos doentes
do Hospital de Braga

Ler um livro ou um jornal a quem está internado, celebrar o dia de aniversário com o doente ou ajudar no acolhimento são apenas algumas das tarefas que os estudantes vão ter depois de fazerem parte do programa de voluntariado que foi, ontem, assinado entre o Hospital de Braga e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).
“Esta é uma oportunidade, porque temos muita necessidade de voluntários. Milhares de pessoas procuram o hospital todos os dias e temos centenas de doentes internados com idades elevadas e o voluntariado é fundamental”, confirmou o presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga, João Ferreira, referindo que quer “atrair os mais novos e todos têm obrigação de dar algo à sociedade”.
Por tudo isto, “é um grande privilégio afirmar este protocolo, potenciando a aproximação dos mais novos a esta vertente essencial do desenvolvimento pessoal e profissional”.
E João Ferreira foi mais longe: “cada vez mais nas nossas empresas se contrata as pessoas que têm uma vida para além da sua actividade profissional, valorizamos cada vez mais quem disponibiliza do seu tempo”.
Este protocolo de cooperação é apenas o início da concretização de outras acções em conjunto que vão desde a doacção de sangue até aos estágios em várias áreas.
O presidente da AAUM, Carlos Videira, admitiu estar “muito feliz” por firmar este protocolo mesmo no final do seu mandato, dado que iniciou os trabalhos na AAUM no Departamento de Acção Social. “Trata-se de um protocolo bastante importante para estas duas instituições. Devemos trabalhar na defesa e representação dos estudantes, mas a afirmação do papel dos estudantes numa sociedade diferente, melhor e mais solidária vai ajudar a desenvolver uma consciência solidária e a despertar uma responsabilidade social que devemos ter sempre presente”, afirmou aquele responsável.
Também Carlos Videira destacou “a valorização extra-curricular”, incentivando os estudantes a participarem em projectos de solidariedade e de cidadania. “Este programa de voluntariado é um bom exemplo disso”, desafiou aquele estudante da UMinho, garantindo que se trata de “um programa importante para desenvolver competências que serão muito valorizadas pelos empregadores e poderá, num futuro, ser este tipo de experiência ser valorizada também na conclusão do curso e isso é uma motivação para todos”.
A presença da vice-reitora da UMinho, Graciete Dias, na assinatura do protocolo foi o “reconhecimento institucional” deste projecto. “Ao nível da formação, integral dos estudantes da UMinho, que entedemos ser estratégica, esta iniciativa insere-se perfeitamente”, assegurou a vice-reitora, destacando o impacto na prestação de cuidados de saúde. “A formação em vertentes abrangentes constituem uma mais-valia importantíssima que também é muito valorizada pelas entidades empregadoras para além da formação específica académica”, defendeu Graciete Dias, reconhecendo a “oportunidade” desta iniciativa e o seu “grande interesse” para os estudantes.
“Universidade não forma apenas doutores e engenheiros, forma homens e mulheres”
O protocolo de cooperação entre o Hospital de Braga e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), que foi assinado ontem, foi concretizado em “tempo record”, por isso, a administradora executiva do Hospital de Braga, Maria Barros, destacou “o empenho e entrega” daquela associação. “A universidade não forma apenas doutores e engenheiros, forma homens e mulheres e queremos ajudar na formação de homens e mulheres”, sublinhou.
Este é um início de ano, de acordo com aquela responsável, “muito promissor, já que muitos doentes internados necessitam apenas de companhia”. Por isso, este protocolo assenta “no apoio, no compromisso e na responsabilidade”.
Todos os voluntários vão ter uma formação específica assegurada pelo Departamento de Recursos Humanos e pela Enfermagem daquela unidade hospitalar. “Todos os voluntários vão ainda ter uma formação em suporte básico de vida e vão conhecer as instalações do próprio hospital, porque temos que bem receber para bem acolher”, atirou aquela responsável.
Os voluntários vão fazer, entre outras funções, “o acolhimento das pessoas à entrada do hospital, companhia aos doentes e até celebrar o aniversário do paciente internado, porque há muitos doentes que não têm a família”.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Pelos caminhos do voluntariado......

Duarte Paiva / Fundador da ACA
Então,
quando o Alexandre veio ter comigo,
perguntei-lhe o que tinha acontecido.
Ele respondeu:
“Nada,
ela só precisava de conversar”

Ao longo destes anos na ACA (Associação Conversa Amiga), fui estando envolvido e em contacto com projetos de voluntariado em saúde. O primeiro projeto, já com uns bons anos de existência, foi o “Saúde na Rua”, que leva voluntariado médico e de enfermagem às ruas da cidade apoiando pessoas em situação de sem-abrigo na sua saúde.
A primeira equipa deste voluntariado foi constituída por um estudante de medicina (Alexandre) que rapidamente envolveu outras pessoas. A primeira mochila “médica” que servia para transportar material de saúde, era uma mochila banal comprada numa loja qualquer equipada de forma muito rudimentar, incluindo um estetoscópio de propaganda médica com pouca qualidade encontrado na faculdade de medicina do Hospital de Santa Maria. Desses tempos e até hoje, muito mudou no “Saúde na Rua”, passando para várias equipas de saúde, equipamento mais sofisticado e em quantidade necessária, profissionais mais qualificados, mais parcerias e introdução de novas tecnologias na rua.
Mais recentemente, desenvolvi um outro projeto de inovação social que utiliza parcialmente voluntariado em saúde: “Quiosque da Saúde”. Este é um projeto de empreendedorismo e inovação social que, com pouco de mais de um ano e apenas com um quiosque (entretanto já passou a dois e em breve serão três), recebeu dois reconhecimentos, já apoiou alguns milhares de pessoas e conta com envolvimento de voluntariado. Tudo isto fez-me aprender e questionar mais sobre saúde, o acesso à mesma e o possível papel do voluntariado neste tema.
O voluntariado em saúde, realizado por profissionais do setor, é uma excelente forma de descentralizar a saúde da instituição hospitalar, complementar a saúde primária e inovar em respostas e soluções socialmente pertinentes. É também uma forma de levar mais justiça no acesso à saúde, sobretudo por populações ou grupos que de alguma forma estejam mais vulneráveis. Além de tudo isto, é uma excelente “escola” para estudantes e jovens profissionais de saúde que, neste processo, vão desenvolvendo novas competências, aquelas que tantas vezes nos queixamos de não terem quando nos atendem nas unidades de saúde. Vão também desenvolvendo um sentimento de missão tão necessário nestas áreas, onde as pessoas devem estar sempre acima de tudo, não olhando para esta atividade apenas como uma profissão isenta de sentido que vá para além da mera obrigação.
O voluntariado em saúde pode também contribuir para a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) que reconhece a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. Ou seja, a saúde é algo bem mais holístico e completo do que uma ida ao hospital ou o acesso a um determinado profissional especializado. No entanto, esta não parece ser a perceção da população em geral, sendo que não devemos esperar pela doença para ter contacto com formas de promover a saúde, e o bem-estar faz parte de “ter saúde”.
É por isto que uma organização como a ACA, que tem na “conversa” a sua forma de atuação e de aprendizagem, a qual é o motor do desenvolvimento dos projetos, desenvolveu uma área de voluntariado em saúde com projetos e ações concretas. As nossas equipas de voluntariado não se limitam a dar um apoio em saúde, seja no aconselhamento e educação para a saúde, seja em algo mais efetivo e concreto. Tem sempre por base a “conversa terapêutica”, instrumento basilar e orgânico de uma boa relação que leva a um bem-estar mais completo e muitas vezes um desbloquear de resistências a eventuais apoios. Digamos que a conversa é metade do “medicamento” e, em alguns casos, até é o medicamento completo.
O voluntariado em saúde, praticado por profissionais da área, é cada vez mais pertinente e irá enriquecer a nossa sociedade de muitas formas. Dará mais acesso e soluções às pessoas e, por outro lado, desenvolverá melhores competências e espírito de missão nos profissionais de saúde, tão necessário para que ninguém fique sem um bom apoio. Há pouco tempo perguntei a alguns jovens de medicina e enfermagem por que razão realizam voluntariado em saúde, utilizando as suas competências. Na conversa, foram-me explicando que de alguma forma, aqui (no voluntariado) podiam dar um pouco mais e tinham a oportunidade de praticar a saúde da forma que acham que “devia ser”. Claro que não se estavam a referir aos aspetos de acesso a recursos, pois as unidades em que estão são de longe bem mais sofisticadas e não se substituem. Falavam sim da forma, do tempo dedicado às pessoas, da humanidade, da oportunidade de se envolverem, mesmo com recursos mais escassos e situações que, por vezes, são frustrantes. No fundo, o encontro do sentido e do foco que os levou a escolher a sua profissão: as pessoas.
Nestes anos de experiência em que vou estando ligado a este tipo de voluntariado, penso ser também necessário haver mais envolvimento de vários profissionais de saúde no voluntariado, e não apenas os mais correntes. Precisamos de saúde mental, de farmácia, de medicina dentária, de fisioterapia e de tantas outras convencionais ou não convencionais. Precisamos de pessoas que via voluntariado, possam ser promotoras desta saúde assente não na “ausência de doença”, mas sim num “bem-estar completo”.
E é esta a razão pela qual, por exemplo, o projeto “Quiosque da Saúde” existe como existe, pois a própria presença de um pequeno local, onde é possível ter contacto com a saúde de forma simples e fácil, na normalidade dos nossos dias, é também um símbolo de bem-estar e segurança na comunidade, sobretudo junto de pessoas idosas. “Se precisar, é só ir ali” tal como ir comprar uma revista ou jornal num quiosque. Mas também se não precisar, posso ir lá dar uma “conversinha”. É uma forma poderosa de bem-estar e prevenção, mas também, por vezes, um “salva vidas” como já aconteceu numa e outra ocasião onde se evitaram problemas sérios destinados à fatalidade.
Já na rua, junto de pessoas em situação de sem-abrigo, ou em casa de pessoas idosas, as necessidades são muitas, mas a base é sempre a mesma, um bom contacto com as pessoas. No primeiro ano do “Saúde na Rua”, lembro-me de uma história marcante de uma idosa que se encontrava a dormir no Terreiro do Paço, quando este era ainda casa para muitas pessoas. Ela pediu para falar com um médico (ainda o Alexandre) sabendo que tínhamos um na equipa. Assim foi, quando ele se libertou da pessoa com quem estava, dedicou cerca de uma hora a esta senhora. Num espaço um pouco mais escondido, junto de uma porta, tiveram alguma privacidade para observação e conversa. Quando esta senhora de rosto rugoso e cansado saiu de lá, parecia outra, com um sorriso e bem-estar nada semelhante ao primeiro encontro. Então, quando o Alexandre veio ter comigo, perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ele respondeu: “Nada, ela só precisava de conversar”.
http://visao.sapo.pt/iniciativas/visaosolidaria/opiniaosolidaria/duartepaiva/2016-01-04-Voluntariado-em-saude

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

No mundo da saúde e da doença............

IDE E CURAI !

Se por um lado, de acordo com a editora “Ide e Curai (da autoria de José António Pagola *) é um livro indispensável para quem trabalha no mundo dos doentes” (…), por outro e segundo José Pereira de Almeida (**) que prefacia a obra, “No centro da nossa atenção, quando nos situamos numa perspetiva ética, está o nosso pessoal encontro com o outro. Vale a pena lembrar que é na minha relação com quem está diante de mim que eu percebo quem sou. Ao revelar-se, é o outro que me revela.
Sabemos como em tantas situações da nossa vida descobrimos capacidades ou forças que desconhecíamos. Não pensávamos que nos pudéssemos “aguentar tão bem” em certas ocasiões; não supúnhamos que fôssemos emocionar ou enternecer daquela maneira em determinadas circunstâncias; e que, em outras alturas, conseguíssemos decidir de forma tão inovadora, claramente contrastante com a acomodação cinzenta em que nos tínhamos deixado instalar.
O (…) outro é alguém que está doente. Às vezes sente-se frágil, aflito, ameaçado. E é nessa situação que está diante de nós. Espera de nós uma resposta ao seu apelo. Confia-se. Às vezes desconfia. (…) Podemos dizer que o outro diante de quem estou chama por mim e eu posso responder-lhe. Tenho assim, a possibilidade de me ir tornando progressivamente responsável. O sentido da minha existência acaba por ser o sentido da minha coexistência. O outro que me fala, o que me diz quando fala? De que se queixa o doente quando se queixa? Há todo um esforço hermenêutico, interpretativo,
a realizar (…).”


* José António Pagola, sacerdote e teólogo espanhol, é um homem apaixonado por Jesus. Os seus numerosos escritos, cursos e conferências foram seguidos por uma infinidade de crentes e não crentes que querem conhecer a verdade de Jesus e a sua Boa Nova para a humanidade.

** José Pereira de Almeida, é médico e sacerdote católico, nomeadamente diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social e Coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, da Igreja Católica Portuguesa.

Nota: A Federação Nacional de Voluntariado em Saúde, pode, se solicitado, ser veículo facilitador da obtenção da obra.