quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Pelos caminhos do Voluntariado ....

O QUE NÃO PODE FALHAR
NA GESTÃO DE VOLUNTÁRIOS
O voluntariado não é uma atividade freelancer ou liberal. O voluntariado é um serviço realizado por pessoas em benefício de pessoas, famílias e comunidades, e a pessoa voluntária realiza esse serviço na linha da concretização da missão do voluntariado “como expressão do exercício livre de uma cidadania ativa e solidária”.
Temas como “expectativas e atitudes em relação ao trabalho, motivação, participação, liderança, comunicação, conflito, poder, influência, qualificação, produtividade ”, se são caros à área dos Recursos Humanos, são-no também sem sombra de dúvida quando se trata de gestão de voluntariado.

O voluntariado no campo da saúde é, em Portugal e no mundo, um serviço com especificidades muito próprias. É um serviço realizado por pessoas em benefício de pessoas, em situação de enfermidade, aguda ou grave, de sofrimento físico ou psicológico, de debilidade ou vulnerabilidade, de carência e de diminuição de capacidade de utilização dos serviços de saúde ou de respostas sociais.

Os voluntários no campo da saúde, em complemento e em cooperação com os outros colaboradores das unidades de saúde e das respostas sociais, são quase sempre, autênticos artesãos da solidariedade gratuita e disponível, da ajuda aconchegada, e da escuta ativa. Por aqui passa a grande missão do voluntariado do campo da saúde e respetivos voluntários: humanizar.

No campo saúde, existem exigências muito claras e sérias no que concerne aos Recursos Humanos. Desde verdadeira preocupação com o recrutamento e seleção, passando pela formação e capacitação, assim como no que respeita à integração em equipas, ao acompanhamento, à avaliação e à certificação.

Por um lado, esta é uma atividade que requer da parte dos voluntários, o melhor e mais assertivo desempenho com vista à obtenção de resultados de excelência na satisfação de todos os intervenientes.

Por outro, na linha da gestão dos sentimentos e do equilíbrio emocional dos próprios voluntários, especialmente no campo da saúde, requer a promoção de medidas nesse sentido com vista à existência de melhores voluntários e melhor serviço voluntário às pessoas.

João António Pereira, presidente da Direção da Federação Nacional de Voluntariado em Saúde

In: Revista Impulso Positivo, Porto, janeiro / fevereiro de 2015

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