O QUE NÃO
PODE FALHAR
NA GESTÃO
DE VOLUNTÁRIOS
O
voluntariado não é uma atividade freelancer ou liberal. O voluntariado é um
serviço realizado por pessoas em benefício de pessoas, famílias e comunidades,
e a pessoa voluntária realiza esse serviço na linha da concretização da missão
do voluntariado “como expressão do exercício livre de uma cidadania ativa e
solidária”.
Temas como “expectativas
e atitudes em relação ao trabalho, motivação, participação, liderança,
comunicação, conflito, poder, influência, qualificação, produtividade ”, se
são caros à área dos Recursos Humanos, são-no também sem sombra de dúvida
quando se trata de gestão de voluntariado.
O
voluntariado no campo da saúde é, em Portugal e no mundo, um serviço com
especificidades muito próprias. É um serviço realizado por pessoas em
benefício de pessoas, em situação de enfermidade, aguda ou grave, de sofrimento
físico ou psicológico, de debilidade ou vulnerabilidade, de carência e de
diminuição de capacidade de utilização dos serviços de saúde ou de respostas sociais.
Os
voluntários no campo da saúde, em complemento e em cooperação com os outros
colaboradores das unidades de saúde e das respostas sociais, são quase sempre,
autênticos artesãos da solidariedade gratuita e disponível, da ajuda
aconchegada, e da escuta ativa. Por aqui passa a grande missão do voluntariado
do campo da saúde e respetivos voluntários: humanizar.
No campo
saúde, existem exigências muito claras e sérias no que concerne aos Recursos
Humanos. Desde verdadeira preocupação com o recrutamento e seleção, passando
pela formação e capacitação, assim como no que respeita à integração em
equipas, ao acompanhamento, à avaliação e à certificação.
Por um lado,
esta é uma atividade que requer da parte dos voluntários, o melhor e mais
assertivo desempenho com vista à obtenção de resultados de excelência na
satisfação de todos os intervenientes.
Por outro, na
linha da gestão dos sentimentos e do equilíbrio emocional dos próprios
voluntários, especialmente no campo da saúde, requer a promoção de medidas
nesse sentido com vista à existência de melhores voluntários e melhor serviço
voluntário às pessoas.
João António
Pereira, presidente da Direção da Federação Nacional de Voluntariado em Saúde
In: Revista
Impulso Positivo, Porto, janeiro / fevereiro de 2015
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