O voluntariado, como iniciativa
social de apoio à comunidade, tem-se tornado um eixo de desenvolvimento das
sociedades modernas. Acompanhando esta evolução, também em Portugal, tem-se assistido
a um crescendo de projetos e iniciativas de voluntariado, acompanhado por uma
valorização pública.
O voluntariado no sector da saúde é
uma realidade no nosso país, designadamente na prestação de cuidados informais,
complementares aos cuidados técnicos formais.
No entanto, desde os finais dos
anos 80 que se verificaram, em especial na Europa, grandes alterações no perfil
dos voluntários, correspondendo, também, a novas formas de voluntariado onde a
qualidade e os padrões de exigência técnica são mais elevados.
À ação voluntária na saúde, como em
outros sectores, é exigida competência humana e qualidade técnica.
As instituições e os voluntários na
saúde são cada vez mais rigorosos e exigentes, nomeadamente ao nível da
organização do trabalho voluntário, formação do voluntário, sendo determinante
a necessidade de clareza na definição de atribuições e atividades que podem e
devem ser desempenhadas por este.
Neste contexto, a definição do
voluntariado em saúde e das atividades que podem ser realizadas por um
voluntário ao nível dos cuidados informais é necessária, como forma de se
promover, de forma mais clara e transparente, o voluntariado no sector,
designadamente ao nível do apoio à prestação de cuidados.
Por outro lado, em Portugal, e de
acordo com o relatório do Conselho Nacional de Promoção do Voluntariado, o
recrutamento de novos voluntários processa-se, quase sempre, num circuito
fechado, dentro do universo dos já voluntários, fazendo com que algumas
instituições já conheçam três gerações de voluntários da mesma família.
De facto, a promoção de oferta de
voluntários não é feita de forma alargada, sendo muito restritas as
possibilidades de um cidadão aceder por si só à informação necessária para que
possa aderir a um projeto de voluntariado.
Esta circunstância é uma realidade
na saúde. Na verdade, não existe um espaço único ao qual as instituições e os
cidadãos possam aceder, que facilite e promova o voluntariado, não existindo,
também, estatísticas sobre o voluntariado na saúde, embora exista a consciência
de que este tem grande preponderância no sector. De facto, este é um trabalho
que, também, importa realizar.
http://www.dgs.pt/participacao-da-sociedade-civil/actividades-e-projectos/voluntariado-em-saude.aspx
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