sábado, 24 de outubro de 2015

Primeiras Jornadas Saúde Solidária


Mensagem do

presidente da

FNVS

Ser voluntário, ontem, hoje e sempre, mais do que se encontra prescrito em tratados e legislação, se por um lado é ato nobre de participação cívica que contribui entre outros aspetos, para o desenvolvimento pessoal, social, comunitário e global, de cada pessoa, de todas as pessoas e do planeta, por outro, é, sem sombra de dúvida, postura confiante e determinada de doação e de serviço a quem, cidadão, irmão, semelhante ou próximo, mas pessoa, se encontra em qualquer situação de desfavor, de carência, de vulnerabilidade, de enfermidade ou de dependência, seja no campo social, seja no campo da saúde, seja no campo da proteção civil ou em qualquer outro.
E a Lei confirma-o. O voluntariado “o conjunto de ações de interesse social e comunitário realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas (Lei 71/98)”.
Não sabia e fiquei a saber que a Associação VOXLisboa “tem o fim principal (…) contribuir para o desenvolvimento sustentável de atividades de acompanhamento e de promoção da saúde física, mental e social das pessoas em situação vulnerável”. E que em “termos de relevância para a comunidade em geral, a sua atuação pretende criar relações de ajuda e promover uma comunidade mais humana, equilibrada e sustentável do ponto de vista social. Através da solidariedade social e da cidadania ativa, procura dar uma perspetiva de empreendedorismo e economia social aos seus projetos (www.voxlisboa.pt).”
Bem-haja VOXLisboa!
Vida longa e sucesso para vós e para a vossa atividade. Força!
Por seu lado, a Federação Nacional de Voluntariado em Saúde – FNVS, também ela pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos e na forma de associação, tem a missão de integrar, representar, promover o quadro de valores comuns, preservar a identidade e o voluntariado, e defender os interesses das Organizações Promotoras de Voluntariado e das Organizações Representativas de Voluntários, do Campo da Saúde, suas associadas, bem como desenvolver e alargar a base de apoio social no que concerne à mobilização para o Voluntariado em Saúde e à melhoria dos serviços que se prestam aos beneficiários, com envolvência da comunidade; e “reconhece o valor social do voluntariado como expressão do exercício livre de uma cidadania ativa e solidária” em contexto de cooperação, de democracia e de pluralidade, comungando dos conceitos que enquadram o voluntariado organizado em Portugal, e dos princípios, da “solidariedade, da participação, da cooperação, da complementaridade, da gratuitidade, da responsabilidade e da convergência” que lhes são subjacentes.
Também acredita que a prática do voluntariado é um modo possível para a vivência ativa da cidadania, e que no campo da saúde, essa prática tem papel insubstituível na humanização das pessoas, dos ambientes e dos Equipamentos, complementarmente à prestação por estes, de serviços e cuidados. Só de forma organizada, estruturada e capacitada, se atingem os objetivos do voluntariado, com eficiência, eficácia e satisfação dos stakeholder.
A FNVS reconhece que o valor do voluntariado também está em “assegurar a participação e o empowerment enquanto ação coletiva desenvolvida por cidadãos participantes em espaços privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais, entendendo que os decisores políticos devem encorajar-se a “envolver as organizações de voluntários em processos de tomada de decisões”, aos mais diferentes níveis e graus, como aliás prevê, nomeadamente, a Lei 71/98 – Bases Jurídicas do Enquadramento do Voluntariado; e a Lei 44/2005 – Lei das Associações dos Utentes da Saúde.
O voluntariado também é contributo inestimável na promoção do desenvolvimento pessoal, social e comunitário a vários níveis e a sua prática passa muito por posturas de cooperação interpessoal, interinstitucional e entre povos. Também o é, no fomento à participação direta, ao pensamento crítico e ao interesse ativo dos cidadãos motivados para ações de desenvolvimento, trabalhando na sensibilização para os benefícios decorrentes da cooperação, não apenas para os beneficiários diretos mas para todos os cidadãos, e promovendo sentimento comum de responsabilidade, de solidariedade e de oportunidade num mundo em mutação e cada vez mais interdependente e competitivo.
As Organizações associadas da Federação e esta, ontem, hoje e sempre, são essa forma e esse caminho, para a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar e da felicidade das pessoas, e para o incremento e aumento do nível da qualidade das prestações na saúde, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde.
Na atualidade, a Federação integra 49 Organizações de Voluntariado e de Voluntários do Campo da Saúde e similar, (estimando-se que corresponda a cerca de 54.427 membros dos quais 10.553 serão voluntários de ação direta). Encontra-se em todos os distritos de Portugal continental, menos um, e na Região Autónoma dos Açores, crendo-se que esteja presente em 18 Centros Hospitalares, 5 Unidades Locais de Saúde, em 7 Hospitais e em 3 Agrupamentos de Centros de Saúde, totalizando 44 Unidades de Saúde do Serviço Nacional de Saúde; e outras do setor privado não lucrativo, todos eles referentes a Cuidados Hospitalares, Cuidados Primários, Cuidados na Comunidade, de apoio e defesa de utentes e de educação e promoção da saúde e do bem-estar.
É este o contexto e são estes os propósitos que norteiam a Federação Nacional de Voluntariado em Saúde, na sua atividade de congregação da cultura e dos interesses do voluntariado que em Portugal se realiza no campo da saúde, nomeadamente das Organizações que aceitam nela filiar-se.
A título meramente exemplificativo, e no que concerne aos serviços que a FNVS presta às suas associadas, relevo o patrocínio de seguros de acidentes pessoais para os voluntários, que os protegem dos zero anos até ao fim da vida; e 24 horas por dia, todos os dias de cada ano, aos melhores valores do mercado.

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