Mensagem do
presidente da
FNVS
Ser voluntário, ontem, hoje e sempre, mais do que se encontra
prescrito em tratados e legislação, se por um lado é ato nobre de participação
cívica que contribui entre outros aspetos, para o desenvolvimento pessoal,
social, comunitário e global, de cada pessoa, de todas as pessoas e do planeta,
por outro, é, sem sombra de dúvida, postura confiante e determinada de doação e
de serviço a quem, cidadão, irmão, semelhante ou próximo, mas pessoa, se
encontra em qualquer situação de desfavor, de carência, de vulnerabilidade, de
enfermidade ou de dependência, seja no campo social, seja no campo da saúde,
seja no campo da proteção civil ou em qualquer outro.
E a Lei confirma-o. O voluntariado “o conjunto de ações de interesse social e comunitário realizadas de
forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras
formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade,
desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas (Lei
71/98)”.
Não sabia e fiquei a saber que a Associação VOXLisboa “tem o fim principal (…) contribuir para o desenvolvimento
sustentável de atividades de acompanhamento e de promoção da saúde física,
mental e social das pessoas em situação vulnerável”. E que em “termos de
relevância para a comunidade em geral, a sua atuação pretende criar relações de
ajuda e promover uma comunidade mais humana, equilibrada e sustentável do ponto
de vista social. Através da solidariedade social e da cidadania ativa, procura
dar uma perspetiva de empreendedorismo e economia social aos seus projetos
(www.voxlisboa.pt).”
Bem-haja VOXLisboa!
Vida longa e sucesso para vós e para a vossa atividade.
Força!
Por seu lado, a Federação Nacional de Voluntariado em Saúde – FNVS, também
ela pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos e na forma de
associação, tem a missão de integrar, representar, promover o quadro de valores
comuns, preservar a identidade e o voluntariado, e defender os interesses das
Organizações Promotoras de Voluntariado e das Organizações Representativas de
Voluntários, do Campo da Saúde, suas associadas, bem como desenvolver e alargar
a base de apoio social no que concerne à mobilização para o Voluntariado em
Saúde e à melhoria dos serviços que se prestam aos beneficiários, com
envolvência da comunidade; e “reconhece o
valor social do voluntariado como expressão do exercício livre de uma cidadania
ativa e solidária” em contexto de cooperação, de democracia e de
pluralidade, comungando dos conceitos que enquadram o voluntariado organizado
em Portugal, e dos princípios, da “solidariedade,
da participação, da cooperação, da complementaridade, da gratuitidade, da
responsabilidade e da convergência” que lhes são subjacentes.
Também acredita que a prática do
voluntariado é um modo possível para a vivência ativa da cidadania, e que no
campo da saúde, essa prática tem papel insubstituível na humanização das
pessoas, dos ambientes e dos Equipamentos, complementarmente à prestação por
estes, de serviços e cuidados. Só de forma organizada, estruturada e
capacitada, se atingem os objetivos do voluntariado, com eficiência, eficácia e
satisfação dos stakeholder.
A FNVS reconhece que o valor do voluntariado também está em “assegurar a
participação e o empowerment
enquanto ação coletiva desenvolvida por cidadãos participantes em espaços
privilegiados de decisões, de consciência social dos direitos sociais,
entendendo que os decisores políticos devem encorajar-se a “envolver as
organizações de voluntários em processos de tomada de decisões”, aos mais
diferentes níveis e graus, como aliás prevê, nomeadamente, a Lei 71/98 – Bases
Jurídicas do Enquadramento do Voluntariado; e a Lei 44/2005 – Lei das
Associações dos Utentes da Saúde.
O voluntariado também é contributo
inestimável na promoção do desenvolvimento pessoal, social e comunitário a
vários níveis e a sua prática passa muito por posturas de cooperação
interpessoal, interinstitucional e entre povos. Também o é, no fomento à
participação direta, ao pensamento crítico e ao interesse ativo dos cidadãos
motivados para ações de desenvolvimento, trabalhando na sensibilização para os
benefícios decorrentes da cooperação, não apenas para os beneficiários diretos
mas para todos os cidadãos, e promovendo sentimento comum de responsabilidade,
de solidariedade e de oportunidade num mundo em mutação e cada vez mais
interdependente e competitivo.
As Organizações associadas da Federação e
esta, ontem, hoje e sempre, são essa forma e esse caminho, para a melhoria da
qualidade de vida, do bem-estar e da felicidade das pessoas, e para o
incremento e aumento do nível da qualidade das prestações na saúde,
nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde.
Na atualidade, a
Federação integra 49 Organizações de Voluntariado e de Voluntários do Campo da
Saúde e similar, (estimando-se que corresponda a cerca de 54.427 membros dos
quais 10.553 serão voluntários de ação direta). Encontra-se em todos os
distritos de Portugal continental, menos um, e na Região Autónoma dos Açores,
crendo-se que esteja presente em 18 Centros Hospitalares, 5 Unidades Locais de
Saúde, em 7 Hospitais e em 3 Agrupamentos de Centros de Saúde, totalizando 44
Unidades de Saúde do Serviço Nacional de Saúde; e outras do setor privado não
lucrativo, todos eles referentes a Cuidados Hospitalares, Cuidados Primários,
Cuidados na Comunidade, de apoio e defesa de utentes e de educação e promoção
da saúde e do bem-estar.
É este o contexto e são estes os propósitos
que norteiam a Federação Nacional de Voluntariado em Saúde, na sua atividade de
congregação da cultura e dos interesses do voluntariado que em Portugal se
realiza no campo da saúde, nomeadamente das Organizações que aceitam nela
filiar-se.
A título meramente exemplificativo, e no
que concerne aos serviços que a FNVS presta às suas associadas, relevo o
patrocínio de seguros de acidentes pessoais para os voluntários, que os
protegem dos zero anos até ao fim da vida; e 24 horas por dia, todos os dias de
cada ano, aos melhores valores do mercado.
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